História do Design apresenta:
Tipografias nos anos 70, 80 e 90.
Acompanhe um pouco da trajetória de forma divertida e educativa.
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Grande ano para se falar de tipos, como referência vamos falar de Star Wars.
Continue lendo para descobrir mais sobre tipos da década de 70.
Nascido em Londres, Reino Unido em 1937, Carter possui mais de 40 anos de experiência em tipografias. Seu início foi na década de 50 com tipos metálicos, criador de tipos para gigantes como Microsoft, Apple, Time e Washington Post.
Carter também criou o sistema Tahoma, família tipográfica sem-serifa.Criada por Bernard Jacquet e liberada pela Mecanorma, era utilizada em cartazes e fachadas.
Por tratar-se de uma fonte fantasia e não ter uma legibilidade tão grande, era mais utilizada para títulos/chamadas.Mais conhecida como ITC Serif Gothic, foi criada em 1972 pelo designer Matthew Carter da empresa Bitstream (ainda em atividade e desenvolvedora de outras tipografias conhecidas como a Verdana e Georgia).
Outra fonte fantasia, criada por Collis Clements e Richard Ware com base na Grock (1935), ficou entre as vencedoras de uma competição realizada pela Letraset em 1973.
Ora, ora... ITC? O criador deve ser Matthew Carter, certo? Errado! O nome da vez é Ed Benguiat, que aplicou serifas nesta tipografia.
Criada por Philip Kelly em 77, Cortez é uma fonte serifada que teve seu uso em capas de livro e flyers e até peças de divulgação de clipe musical.
Colin Brignal é quem está por trás da Romic, tipografia utilizada para títulos, seja em capas de livro, logos e fachadas de comércio.
A década de 80 foi marcada pelo movimento neoexpressionista, que resgatava a identidade cultural alemã. Era de grande expressão, ideias ecléticas, únicas. A cor e a forma entravam em evidência, sem importância se era ou não extravagante ou selvagem.
Ainda hoje, alguns designers utilizam elementos dos anos 80 como referência, dando destaque a suas criações.
Se você não for da década de 80, dificilmente reconheceu este logo sem ler o título ao lado, certo? Trata-se do WWF / WWE (World Wrestling Entertainment), um lettering de 1982.
Ainda em 1982, temos a chegada de uma das fontes padrões do Windows. Encomendada pela Microsoft e IBM, foi desenvolvida pela Monotype, mais especificamente pelos tipógrafos Robin Nicholas e Patricia Saunders. A Arial teve inspiração nas métricas da Helvetica e não leva serifa. Essa inspiração não foi por acaso, a Helvetica possuía um alto custo de licenciamento. No início ela foi nomeada como Sonora Sans, mais tarde teve seu nome alterado para Arial.
Desenhada por Susan Kare em 1983-84, trata-se de uma tipografia bitmap serifada da série de fontes "City", desenvolvida para Apple. Mais tarde, em 1990, uma outra versão não oficial desta fonte foi criada e chama-se "Alexandria".
Roke1984 é uma fonte de exibição baseada em formas geométricas e símbolos matemáticos. É um tipo que transmite tecnicismo/ciência com um aspecto muito matemático. Esta fonte inclui acentos e números.
A Lucida(com e sem-serifa) é uma conhecida família tipográfica concebida por Charles Bigelow e Kris Holmes, em 1985. Também é utilizada na famosa tela azul do Windows XP e Windows CE.
A idéia era desenvolver uma fonte que funcionassem bem, apesar das limitações das impressoras a laser da época.
Uma fonte geométrica desenhada pelo Adrian Frutiger e lançada pela Linotype. Foi criada sem serifas e no estilo clássico, o nome Avenir é francês e significa futuro. Foi inspirada na Sans-Serif Erbar, de 1926 e na Futura, de 1927. Seus traços são mais amplos, tornando o tipo mais elástico e legível, com aspecto harmonioso.
Criada pela Carol Twombly para a Adobe, tem como característica ser uma fonte glífica (baseada em inscrições esculpidas em rochas).
É um tipo com referência histórica, muito utilizada para anunciar feitos heróicos, em produções cinematográficas e até jogos de video-game. Até por isso, vem sendo questionado se a fonte não caiu no clichê, por ser muito utilizada.
A década de 90 é bem nostálgica. Que tal começar com o filme "Esqueceram de Mim" (Home Alone)? A fonte utilizada na capa é a ITC Century Book Condensed, feita pelo Tony Stan. Já o subtítulo está com a Lithos Pro Black, criada pela Carol Twombly (talvez, junto ao Carter, uma das mais importantes designers da década).
Já Will Smith estrelou "Um Maluco no Pedaço" (The Fresh Prince of Bel-Air), a tipografia utilizada é a Handmade Graffiti Effect.
Neste ano, também chegaram as impressoras de 300 DPI para uso doméstico.
O logo tem uma tipografia manuscrita solta, até parece que um dos personagens do desenho que escreveu. A fonte utilizada é própria, chama-se Rugrats e foi desenvolvida pela Jayde Garrow.
Como falar da década de 90 e não incluir Mamonas Assassinas? Praticamente impossível. O logo da banda utilizava a fonte "La Bamba", desenvolvida pelo designer David Quay em 92. Atualmente é registrada e publicada pela Monotype ITC Inc.
É o Tchan também entra em 92 com seus sucessos do pagode/axé com tipografia simples, mas cheia de cores.
É, não da pro Carter ficar de fora mesmo. Em 93 desenvolveu a Georgia para a Microsoft, sendo uma das fontes desenvolvidas especificamente para uso nos PCs.
Gabriel Weiss é o nome da fonte. É a tipografia da série de TV Friends. Uma curiosidade é que cada ponto colorido representa 1 dos amigos do programa.
Carson é outro designer famoso da década de 90. Trabalhou na revista Ray Gun por algum tempo e seu design era descrito como "experimental, intuitivo e pessoal".
Grande parte do que fazia para revista era em lettering, sempre uma coisa nova, sem direção, grades ou formas.
Também ficou conhecido nos anos 90 por tornar um texto da revista totalmente ilegível com uma de suas fontes, a Zapf Dingbats (tipo com símbolos). A maioria de suas peças seguem isso, algumas são um pouco confusas de se ler.
3 anos mais tarde, Matthew Carter cria a Verdana, também para Microsoft, sendo a 2ª fonte específica para uso em PCs. Foi inspirada na Frutiger, que é uma famosa tipografia humanista com a função de ser lida em telas reduzidas.
A ITC continua e o CSS surge... no lado da ITC, Mark van Bronkhorst é o designer criador. Já no CSS level 1, as propriedades da fonte/texto passaram a ser editáveis nos sites HTML.
Imagina como era difícil deixar um site bonito naquela época?
Fonte desenhada pela Sibylle Hagmann entre 98 e 99 e leva o nome de Cholla em "homenagem" a uma espécie de cacto do deserto de Mojave (Califórnia).
Originalmente desenvolvida para a "Art Center College of Design", em Pasadena. Lá, em colaboração com a Carla Figueroa e Denise Gonzales, desenvolveram uma série de fontes que teriam grandes variações (variedade era necessário para atender as 9 áreas da escola).
A fonte ganhou uma menção honrosa na revista ID e foi apresentada na Eye No. 31.